Categoria: Banda Desenhada

Cannon

Cannon

Cannon

Cannon de Wallace Wood é uma colectânea de tiras destinadas originalmente aos soldados americanos em guerra no Vietname. Há uma mulher precariamente vestida (nua) de duas em duas ou — no máximo —, de três em três vinhetas, é “sexploitation” puro e à antiga. Não há uma única mulher que apareça e que por uma razão ou por outra não tire a roupa, sendo a pior delas todas a temível agente chinesa Madame Toy. Claro que a cruel agente comunista acaba apaixonada pelo nosso herói, o agente especial John Cannon.
Esta banda desenhada é de um tempo em que não havia o conceito do politicamente correcto e apesar do sexo e violência, há uma inocência na história que há muito tempo desapareceu deste meio. Hoje tem que ser tudo pensado e repensado antes da publicação, os personagens têm de ser muito existenciais e contemporâneos, carregados de problemas e dúvidas. Não Cannon, que é recto como uma seta. A esse basta-lhe liquidar agentes inimigos a torto e a direito e no fim do dia ter por perto uma mulher bonita.
A edição da Fantagraphics é a preto e branco, volumosa com 296 páginas e capa dura. É um bom livro para se ler nos dias de escapismo total.

Cannon

Reservas e pré-encomendas Comic Con Portugal

Pré-encomendas para a Comic Con Portugal

Ainda não podemos dizer exactamente em que moldes vamos participar na Comic Con Portugal, mas mesmo assim, têm sido confirmados uma série de autores e prevendo alguma escassez de livros (tendo em conta o tamanho do evento e a quantidade de pessoas esperadas), começamos a aceitar reservas e pré-encomendas de títulos de interesse, alguns temos na livraria, outros chegam em Novembro e se tudo correr bem, mais chegarão em Dezembro. Se têm intenção de visitar a Comic Con Portugal e pretendem obter autógrafos, assegurem desde já os vossos valiosos exemplares.

Brian K. Vaughan

Saga Vol. 1 a 3

Image Firsts Saga #1 (edição corrente)

Dr. Strange: Oath

Ilustrado por Marcos Martín, também presente.

Y, The Last Man

Ilustrado por Pia Guerra, também presente.

Marcos Martín

Dr. Strange: Oath

Com argumento de Brian K. Vaughan, também presente (ver acima).

Batgirl and Robin: Year One

Daredevil by Mark Waid 01

+
Back Issues da DC e Amazing Spider-Man.

Javier Rodriguez

Daredevil by Mark Waid Vol. 06

Superior Spider-Man Vol. 05

+
Back issues de Daredevil (vol. 3) #28, #29 e #34.

Carlos Pacheco

Avengers Forever

Superman Camelot Falls Vol. 1 e 2

Ultimate Comics Avengers: Next Generation

Ultimate Comics: Thor Vol. 01

+
Back issues de X-Men, Avengers e também da DC.

Claudio Castellini

Wolverine: The End

Ian Boothby

Simpsons Summer Shindig #8

Futurama Vol. 04

Pia Guerra

Y, Last Man Vol. 1 a 10

Y, Last Man Vol. 01 a 05 (capa dura)

Vertigo Essentials: Y, The Last Man #1

Com argumento de Brian K. Vaughan, também presente (ver acima).

Filipe Melo et al

Dog Mendonça Vol. 1 e 2 (edição americana da Dark Horse)

Actualização: Outros nomes (incluindo os que retiramos) teremos que deixar para o anúncio oficial, porque não estão confirmados pela organização (e tanto quanto sabemos firmes) e desse modo também não queremos vender livros sem a certeza absoluta de ter cá os autores.

Diversão no parque

A relação entre a banda desenhada e a temática policial é quase tão antiga como os próprios quadradinhos.

Parker, de Darwyn Cooke, é um dos mais recentes exemplos de sucesso.

Entre aqueles que inauguraram esta relação, dois dos mais significativos são Dick Tracy ((Criação de Chester Gould (1900-1985), estreou-se no Chicago Tribune a 4 de Outubro de 1931; apesar do seu traço caricatural, pode ser considerado um dos mais duros e violentos registos policiais em BD.)) e Secret Agent X-9 ((Detective antes de se distinguir como agente do FBI, o agente secreto X-9, que o Jornal de Notícias publicou durante décadas, surgiu a 22 de Janeiro de 1934, no Evening Journal. Era escrito pelo romancista Dashiel Hammett (1894-1961), criador do detective Sam Spade e do aventureiro Continental Op, que serviram de inspiração para este herói de BD. O desenhador era Alex Raymond (1909-1956), que anos depois, em 1946, criaria um outro detective de referência: o fleumático Rip Kirby.))

Não sendo intuito deste artigo debruçar-se exaustivamente sobre a banda desenhada de temática policial, não consigo deixar de citar mais quatro obras paradigmáticas, embora díspares em termos de origem geográfica, público-alvo e conceitos. São elas Ric Hochet ((Publicado em profusão nas páginas da revista Tintin portuguesa, Ric Hochet estreou-se na sua congénere belga em 30 de Março de 1955; curiosamente, as suas primeiras histórias eram contos ilustrados que, antes do desfecho, desafiavam o leitor a descobrir o criminoso. Os seus criadores foram André-Paul Duchateau (1927-), também autor de dezenas de romances policiais, e Tibet, pseudónimo de Gilber Gascard (1931-2010).)), as adaptações efectuadas por Jacques Tardi (1946-) ((A partir dos romances policiais do francês Léo Mallet (1909-1996), protagonizados pelo detective Nestor Burma.)), Sin City ((Policial negro, hiper-violento, escrito e desenhado por Frank Miller desde Abril de 1991, quando a primeira história curta foi publicada na revista Dark Horse Presents Fifth Anniversary Special.)) e Julia ((Ou J. Kendall – Aventuras de uma criminóloga na versão brasileira da Mythos Editora que é distribuída em Portugal. Criação de Giancarlo Berardi para a Sergio Bonelli Editore, surge mensalmente em Itália desde Outubro de 1998.)).

Parker: Slayground

Parker: Slayground

Parker: Slayground

Parker: Slayground

Parker: Slayground

Richachard’s Stark’s Parker: Slayground

De Darwyn Cooke. Mas entremos – finalmente! — em Parker, que a introdução já vai longa. Contrariamente ao que é mais habitual na temática policial, Parker é um criminoso, que se distingue pelos golpes, geralmente levados a cabo em grupo, cuidadosamente seleccionados e preparados — o que não é sinónimo de que tudo resulte da forma que foi imaginada, para bem da história.

Longe dos conceitos de anti-herói ou de criminoso sedutor, Parker é insensível, determinado, sem ser partidário da violência mas não tendo pejo em utilizá-la, e distingue-se pela forma fria e calculista como passa pelas histórias, abdicando de amigos ou de sócios do momento, em nome do seu bem-estar e dos objectivos — quase sempre dinheiro – que se propôs.

Criação literária de Donald Edwin Westlake (1933–2008) ((Escritor norte-americano, responsável por mais de uma centena de livros de temática variada, mas em que se destacam os de cariz policial. Estreou Parker em 1962, em The Hunter, tendo-o levado a protagonizar outras 16 histórias até 1974; promoveu o seu regresso em 1997, para mais 7 livros.)) as histórias protagonizadas por Parker são apelativas pela forma como equilibram acção, suspense e emoção, em doses não equitativas, pela originalidade das situações criadas e pelos desvios surpreendentes à linha narrativa originalmente explanada.

Isso foi transposto com fidelidade para a BD por Darwyn Cooke, que teve a capacidade – nem sempre presente quando se trata de adaptações – de transpor o espírito do original para as suas pranchas ao mesmo tempo que exibe as características próprias do novo suporte; ou seja, no Parker da BD não há longas transcrições/versões do texto original, pelo contrário Cooke aposta claramente no predomínio narrativo do desenho, como aliás fica evidente — de forma muito marcada – no livro que hoje me ocupa, complementada com monólogos/diálogos sóbrios, contidos e incisivos, que contribuem para que o leitor tenha de mergulhar nas pranchas para usufruir plenamente do que se desenrola perante os seus olhos.

Slayground – o quarto volume de Parker, versão Darwyn Cooke – retoma um romance de 1971 que, de alguma forma, explora de forma original o conceito de narrativa em espaço fechado, uma vez que a maior parte da acção decorre no interior de um parque de diversões encerrado durante o Inverno – por isso sob neve e frio intenso. O recurso ao azul acinzentado como única cor a compor e a dar volume ao traço preto, contribui para reforçar a sensação de frio e ajudar o leitor a embrenhar-se mais no ambiente pretendido, ao mesmo tempo que de certa forma lhe confere um tom retro que a aproxima da época anos 1960/1970 — em que a acção se passa.

O início deste tomo — leia-se quase uma vintena de páginas — é magnífico, com um assalto a uma carrinha blindada e consequente fuga de Parker e dois parceiros, a serem narrados (quase) sem recurso a palavras, numa planificação com vinhetas desprovidas de contornos que parecem tornar maior o espaço – aumentando a área branca, de neve… — em que as cenas se desenrolam. Em complemento, Cooke acrescenta sucessivas mudanças de ritmo, como é o caso do despiste subsequente (quase) em câmara lenta, que contrasta com a perseguição em alta velocidade que até aí decorria, aumentando a adrenalina do assalto que ainda pulsava.

Sobrevivente em fuga com parte do produto do roubo, Parker refugia-se – numa armadilha sem saída…? — no tal parque de diversões encerrado, onde se verá envolvido com gangsters à procura de dinheiro fácil e polícias corruptos, num relato cujo móbil, com o correr das páginas, passará a ser a vingança.

Por influência (?) do espaço em que tem lugar e/ou devido a alguns dos estratagemas a que Parker recorre, a verdade é que a narrativa – apesar dos momentos de tensão e da violência que lhe são inerentes – acaba por assumir um (surpreendente) tom de quase diversão que, a par com o limitado cenário de acção, são as principais notas distintivas de Slayground.

Hesitei em incluir estas últimas linhas – porque o texto já vai longo — mas acabei por considerar que fazem, todo o sentido.

Este tomo fecha com a adaptação de The Seventh (narrativa de 1966), uma história curta de uma dezena de pranchas que parece contrariar o que atrás escrevi, pois há um (quase) excesso de texto de apoio para contextualizar a (curta) acção que nos é descrita, mas, no entanto, a opção de Cooke não poderia ter sido outra para fazer funcionar o ‘gag’ final que justifica o título – e fazer a ligação com Slayground pela utilização do humor, negro.

Sugestões #52

Encomenda de Setembro 2014
A colecção 20th Century Boys.

Para combater o mau tempo, temos excelentes sugestões para iluminar o espírito, a destacar Spider-Woman #1 por Dennis Hopless e Greg Land, Superior Iron Man # por Tom Taylor e Yildiray Cinar ambos na Marvel, Gotham by Midinight # Ray Fawkes e Ben Templesmith na DC, Odyc #1 por Matt Fraction e Christian Ward e Tooth and Claw #1 por Kurt Busiek e Ben Dewey ambos na Image e Mouse Guard: Baldwin the Brave por David Peterson na Boom Studios! E aproveitem para passar na livraria porque este mês chegou uma das maiores encomendas de que há memória e estamos cheios de novidade e muitos e bons títulos para para excelentes momentos de lazer. Boas leituras!

Marvel para assinatura

Captain America and the Mighty Avengers #1

Por Al Ewing e Luke Ross. Sam Wilson tornou-se o Captain America, e quando reúne os Mighty Avengers, ele tem uma missão em mente para a nova equipa. Mas os eventos ocorridos no Axis preconizam o fim dessa equipa. E o que é que Luke Cage pretende ao reunir-se com o líder da notória corporação Cortex? E porquê que o Spider-Man tenta voltar para a equipa? Ele não sabe que o Luke Cage e a Jessica Jones estão mortinhos por ajustar contas com ele, desde que tentou levar a filha deles para o Serviço de protecção de menores, nos tempos idos do “Superior Spider-Man”! Eles são os Avengers do povo, para o povo, ajudando quem precisa não importa como.

Superior Iron Man #1

Por Tom Taylor e Yildiray Cinar. Sê superior! Quanto pagarias pela perfeição? Beleza? Imortalidade? Tony Stark sabe como, e ele está pronto para o mostrar! Mas a um preço terrível. Dos eventos do Avengers & X-Men: Axis, o velho Tony Stark está de volta, mas agora é Superior! Com mais estilo, mais confiança e manhas do que alguma vez teve. Ele está pronto para te guiar para o futuro e San Francisco está prestes a tornar-se no protótipo do seu novo conceito global. O primeiro passo será libertar o Extremis na cidade. Apenas Daredevil não concorda com a nova visão do futuro de Stark e o Superior Iron Man vai ter de o enfrentar!

All New Captain America #1

Por Rick Remender e Stuart Immonen. Sam Wilson é o novo Captain America e as suas aventuras de Nomad começam aqui. A Hydra está a crescer, a organização terrorista está infiltrada no universo Marvel. Mas qual é o seu objectivo? Unidos pela Hydra, todos os adversários do Captain America são reunidos para o destruir.

Spider-Woman #1

Por Dennis Hopeless e Greg Land. Jessica Drew foi agente da SHIELD e agente da SWORD, Avenger e muito mais. Mas nada a podia preparar para a insanidade multidimensional que é o Spider-Verse! Uma guerra está prestes a rebentar, e todos com poderes aracnídeos do multiverso são um alvo! Mas ser um alvo é algo que Jessica Drew não aceita, e com a Silk, Spider-Woman pretende lutar para sobreviver ao teste que vai ter no Spider-Verse!

DC para assinatura

Wonder Woman #36

Por Meredith Finch e David Finch. A nova equipa criativa de Wonder Woman apresenta um novo épico, onde o destino das Amazonas será revelado, com novos personagens e um novo vilão com poder suficiente para derrotar a Wonder Woman e a equipa da Justice League.

Gotham by Midnight #1

Por Ray Fawkes e Ben Templesmith. Estranhos eventos estão acontecer em Gotham City! Mas Jim Corrigan está a investigar e tudo pode acontecer em Gotham by Midnight!

Image para assinatura

Odyc #1

Por Matt Fraction e Christian Ward. Depois duma guerra galáctica que durou cem anos, Odyssia a “Clever Champion” e os seus colegas começam a mais longa e estranha viagem de sempre, o regresso a casa. Uma odisseia psicadélica de ficção-científica com uma arte extraordinária começa aqui!

Tooth and Claw #1

Por Kurt Busiek e Ben Dewey. Esta nova série de fantasia épica apresenta um conclave secreto de feiticeiros que invoca, através do tempo, um campeão lendário para salvar o mundo, com consequências desastrosas.

Drifter #1

Por Ivan Brandon e Nic Klein. Numa pressa frenética para sobreviver, a humanidade espalhou-se pelo universo, colonizando e absorvendo recursos de inúmeros planetas. Abram Pollux mal sobrevive à queda da sua nave em Ouro, um planeta sem lei e sem interesse, onde a vida é barata. O que começa como uma luta pela sobrevivência, rapidamente se transforma numa jornada aos limites do que significa ser humano.

Intersect #1

Por Ray Fawkes. Sangue chove do céu. Uma voz hipnótica navega as ondas artesianas, enquanto corpos mudam e crescem em horrendas novas direcções. Estás preparado para um novo mundo, onde a loucura abunda numa edição com uma arte belíssima?

Boom! Studios

Mouse Guard: Baldwin the Brave and Other Tales HC

Por David Peterson. Todos os heróis foram em tempos crianças, em que ouviam histórias de heróis que vieram antes deles. O mesmo acontece com Mouse Guard. Seis contos são relatados a alguns jovens ratos, lembrando a todos que devem ser corajosos, verdadeiros consigo próprios e seguir o que lhes dita o coração.

Seven Seas Entertainment

Dance in the Vampire Bund Part II: Scarlet Order Vol. 01

Por Nozumu Tamaki. Após milénios a esconderem-se, Mina Tepes, a princesa do pacto antigo e soberana de todos os vampiros, deseja mudanças. Usando a tremenda fortuna da família Tepes, ela paga a dívida nacional do Japão e ao fazer isso, ganha autoridade para criar um distrito especial ao largo da costa japonesa, que irá se tornar um santuário para todos os vampiros do mundo!